Vigilância de Zoonoses

Definição Vigilância de Zoonoses

A Unidade de Vigilância de Zoonoses realiza a vigilância(monitoramento), prevenção e controle de zoonoses e de acidentes causados por animais peçonhentos e venenosos, de relevância para a saúde pública – PORTARIA MS Nº 1.138, DE 23 DE MAIO DE 2014

Atribuições no Município

A Unidade de Vigilância de Zoonoses em Jacareí acompanha agravos de notificação das ocorrências de zoonoses e realiza monitoramento da raiva, leptospirose, leishmaniose, febre maculosa brasileira, febre amarela, brucelose, toxoplasmose, tuberculose, esporotricose e monitoramento da presença de roedores, escorpiões, aranhas, caracóis, mosquito palha e outros animais de interesse para saúde pública que possam participar na transmissão de zoonoses, em consonância com os princípios do SUS. Realiza também a vacinação de cães e gatos contra raiva em postos de vacinação fixos nas regiões norte, sul, leste, oeste e central do município. Trabalhamos com orientações preventivas, embasadas nos protocolos do Ministério da Saúde, e fiscalização conforme Código Sanitário do Estado de São Paulo.

Animais de interesse para saúde pública

São animais causadores de acidentes como os animais peçonhentos (escorpiões e aranhas), ou animais capazes de transmitir doenças para o ser humano, tais como roedores, carrapato estrela, mosquito palha, caramujos e caracóis contaminados com vermes entre outros.

Para ser classificado como animal de interesse à saúde pública é necessário comprovar com investigação a existência do foco de zoonose, e a participação do animal na transmissão da doença.

Os focos de zoonose notificados são avaliados conforme os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, e/ou pela Secretaria Estadual de Saúde.

Principais zoonoses de interesse em saúde pública

Fonte: Saúde de A a Z — Ministério da Saúde, e folder-vigilancia-da-tuberculose-zoonotica-tbz.pdf

·RAIVA: A raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo Vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae. A prevenção é através da vacinação.

·LEPTOSPIROSE: A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas. O período de incubação, ou seja, intervalo de tempo entre a transmissão da infecção até o início das manifestações dos sinais e sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.

·LEISHMANIOSE TEGUMENTAR: A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. A doença é causada por protozoários do gênero Leishmania. No Brasil, há sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência de casos de LT. As mais importantes são: Leishmania (Leishmania) amazonensis, L. (Viannia) guyanensis e L.(V.) braziliensis. A doença é transmitida ao ser humano pela picada das fêmeas de mosquito palha flebotomíneos (espécie de mosca) infectadas.

·LEISHMANIOSE VISCERAL: A Leishmaniose Visceral é uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito até 90% dos casos. É transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado, denominado flebotomíneo e conhecido popularmente como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis.

·FEBRE MACULOSA BRASILEIRA: A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. No Brasil duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da Febre Maculosa.

·FEBRE AMARELA: A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de evolução abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves. A doença é causada por um vírus transmitido por mosquitos, e possui dois ciclos de transmissão (urbano e silvestre). No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Ae. aegypti) infectados. No ciclo silvestre, os transmissores são mosquitos com hábitos predominantemente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes.

·BRUCELOSE: A brucelose humana é uma doença que pode ser transmitida ao ser humano por animais terrestres e aquáticos infectados. Na maioria das vezes, a

doença é transmitida ao homem por contato direto ou indireto com animais e seus produtos derivados contaminados. Os seres humanos são apenas alguns dos possíveis hospedeiros. Neste caso, hospedeiros finais. Considerada uma das zoonoses mais comuns do planeta, de ampla distribuição e significância mundial, apresenta alta prevalência em alguns países e regiões, como a América do Sul.

·TUBERCULOSE: A tuberculose zoonótica (TBz) é causada pela bactéria Mycobacterium bovis. Por ser uma zoonose, pode ser transmitida de animais, principalmente bovinos, para os seres humanos. As principais vias de transmissão são aérea e digestiva, por meio do consumo de alimentos contaminados.

·ESPOROTRICOSE: A esporotricose humana é uma micose subcutânea que surge quando o fungo do gênero Sporothrix entra no organismo, por meio de uma ferida na pele. A doença pode afetar tanto humanos quanto animais. A infecção ocorre, principalmente, pelo contato do fungo com a pele ou mucosa, por meio de trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira; contato com vegetais em decomposição; arranhadura ou mordedura de animais doentes, sendo o gato o mais comum.

·TOXOPLASMOSE: A toxoplasmose é uma infecção causada por um protozoário chamado “Toxoplasma Gondii”, encontrado nas fezes de gatos e outros felinos, que pode se hospedar em humanos e outros animais. É causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados e é uma das zoonoses (doenças transmitidas por animais) mais comuns em todo o mundo. Os casos agudos são, geralmente, limitados e com baixas incidências. A fase aguda da infecção tem cura, mas o parasita persiste por toda a vida da pessoa e pode se manifestar ou não em outros momentos, com diferentes tipos de sintomas. Quanto à infecção crônica, a taxa de incidência é baixa até os cinco anos de idade e começa a aumentar a partir dos 20.

Indicadores de Vigilância de Zoonoses

ATIVIDADENo mêsAcumulado
Amostras de Vigilância de Raiva

Amostras de outras Zoonoses

Observação de animais agressores (SINAN)

Vistorias de investigação de zoonoses

Imóveis / áreas vistoriadas – demandas SIAP, GPRO e PI

Cães vacinados contra raiva

Gatos vacinados contra raiva

Solicitações atendidas sobre animais peçonhentos

Epizootias notificadas

Legislação e Notas técnicas de interesse

PORTARIA MS Nº 1.138, DE 23 DE MAIO DE 2014 – disponível em Ministério da Saúde

Manual de vigilância, prevenção e controle de Zoonoses – Normas Técnicas e Operacionais – Brasília/DF 2016 – disponível em manual-zoonoses-normas-2v-7julho16-site (1).pdf

Nota Técnica 13/2024 CGZV/DEDT/SVSA/MS sobre as atribuições da Vigilância de Zoonoses – disponível em Nota Técnica nº 13/2024-CGZV/DEDT/SVSA/MS — Ministério da Saúde Código Sanitário do Estado de São Paulo adotado pelo município – disponível em Lei Ordinária 3847 1996 de Jacareí SP Manual de Controle de Roedores – disponível em Manual de controle de roedores – Brasília – Dezembro/2002

Nota Técnica 19/2012 – CGDT/DEVEP/SVS/MS sobre vacinação de animais contactantes de morcegos – disponível em nota_tecnica_192012_cgdtdevepsvsms.pdf

Nota técnica 02/2020 IP/CCD/SES-SP – sobre vacinação de animais em postos fixos – disponível em Scanned Document

Nota Técnica 41/2023 CGZV/DEDT/SVSA/MS sobre classificação de áreas de Febre Maculosa Brasileira – disponível em Nota Técnica nº 41/2023-CGZV/DEDT/SVSA/MS — Ministério da Saúde

Resolução conjunta SEMIL/SES nº 01/2023 – sobre classificação de áreas de Febre Maculosa no Estado de São Paulo – disponível em RESOLUCAO-CONJUNTA-SEMIL-SES-01-2023-PAGINAS-35.36.37.38.39.pdf Nota Técnica 60/2023 CGZV/DEDT/SVSA/MS sobre esporotricose – disponível em Nota Técnica nº 60/2023-CGZV/DEDT/SVSA/MS — Ministério da Saúde

Nota técnica 2021 CIB sobre atendimento de acidentes com escorpiões – disponível em nt2021_cib_atendimento_escorpionismo.pdf

Nota Técnica 5/2021-CGZV/DEIDT/SVS/MS sobre uso de coleiras impregnadas com deltametrina no controle da LVA – disponível em nota-tecnica-no-5-2021-cgzv-deidt-svs-ms.pdf

Nota Técnica 138/2022-CGZV/DEIDT/SVS/MS sobre enfrentamento da leptospirose em situações de inundações e desastres ambientais – disponível em processo-25000171608202262 Lista Nacional de Doenças de Notificação Compulsória – disponível em Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública — Ministério da Saúde Lista Estadual de Doenças de Notificação Compulsória – disponível em Microsoft Word – ebb_11566437_2508953884_3

Instrução Normativa 50/2024 MAPA sobre doenças animais de notificação obrigatória – disponível em IN_50_24_set_13_Lista_doencas_notificação