Desde pequeno, o aprendiz de sapateiro Paulo Graça sonhava em ser um grande lutador. A vida, porém, deu-lhe o primeiro golpe na adolescência, quando perdeu os pais. Coube a ele a responsabilidade de estudar, trabalhar e sustentar os irmãos.
Com o tempo que lhe restava, Paulo Graça treinava judô na cidade de Suzano. Na época, ele era o único negro que fazia judô e, por isso, o preconceito foi o seu adversário mais recorrente. Isso, porém, não impediu que Paulo Graça se destacasse.
O preconceito foi o seu adversário mais recorrente. Isso, porém, não impediu que Paulo Graça se destacasse.
Na década de 1960, foi contratado pela Polícia Rodoviária Federal para ensinar judô aos recrutas. Depois de se aposentar como professor da modalidade, fundou o projeto social que, por mais de 20 anos, ensinou judô de graça a crianças e adolescentes de Jacareí. Apesar de bancar parte do projeto com sua aposentadoria, a luta de Paulo Graça sempre foi contra a desigualdade. A academia, localizada aos fundos do Mercado Municipal, foi o local onde muita gente aprendeu a se levantar sempre que a vida as levava ao tatame.
Ao longo de sua carreira, Paulo Graça teve a alegria tanto de colecionar troféus, como de ver seus alunos conquistando campeonatos municipais, regionais e nacionais. Mas sua maior vitória foi a de se tornar mestre em transformar milhares de vidas no tempo em que esteve entre nós.
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Acesse o Boletim Oficial de 10 de setembro de 2021, com a publicação da Lei nº 6.401/2021 (com a denominação da praça Sensei Paulo Graça)
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