Encontro no Museu de Antropologia do Vale oferece vivência prática de capoeira para população
Na próxima quinta-feira (13), o pátio do Museu de Antropologia do Vale (MAV) recebe o Mestre Sampaio, às 19h, para uma roda de capoeira aberta à população. O encontro valoriza essa expressão cultural brasileira que mistura arte marcial, esporte, cultura popular e música.
A prática caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, explorando a musicalidade tradicional, foi reconhecida em 2008, como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC). Em 2014, a Roda de Capoeira foi considerada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Atualmente, a Liga Jacareiense de Capoeira, referência entre as ligas nacionais, tem 15 grupos de capoeira que se dividem nas categorias angola, regional e contemporânea. O presidente é o mestre Narciso Roberto da Silva.
A entrada para a roda de capoeira é gratuita e não é necessária inscrição antecipada. O Museu de Antropologia do Vale fica localizado na Rua XV de Novembro, 143 – Centro.
Origem
A palavra capoeira, originária do Tupi, significa mato que não existe mais, referindo-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. A expressão cultural tem suas raízes alicerçadas nas identidades africanas. Ao chegarem ao Brasil, por volta do século XVI, os africanos escravizados perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência dos colonizadores. Assim, adaptaram os ritmos e movimentos de suas danças africanas e as primeiras rodas de capoeira foram surgindo. Mais do que proporcionar as funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física, a capoeira foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.
(Diretoria de Jornalismo/PMJ – Foto: Alex Brito/PMJ)