Comendador Francisco Lopes Chaves, o “Barão de Santa Branca”.
Francisco Lopes Chaves nasceu em São Paulo em 1809 e faleceu em Jacareí, no dia 18 de outubro de 1884. Foi eleito deputado provincial nas legislaturas 1846–1847 e 1848–1849, e em 1852 foi um dos fundadores da Santa Casa de Misericórdia de Jacareí, sendo que por muitos anos foi o seu provedor.
Em 7 de janeiro de 1833, tomou posse e prestou juramento como suplente de Juiz de Paz e, em 11 de setembro de 1854, foi agraciado pelo Imperador Dom Pedro II com o título de “Barão de Santa Branca”.
Mandou construir para sua residência o Palácio do Largo da Matriz, um dos mais imponentes monumentos arquitetônicos do Vale do Paraíba, que mais tarde foi adquirido pela Malharia Nossa Senhora da Conceição e, depois, infelizmente foi demolido.
Casou-se com Gertrudes de Carvalho Lopes Chaves, com quem teve quatro filhos, que também fizeram história enaltecendo o nome de Jacareí.
Francisco Lopes Chaves, 2.º Barão de Santa Branca, primeiro filho do casal, foi político e se elegeu vereador por duas legislaturas. Também foi nomeado Delegado de Polícia em 1886 e inspetor de Instrução Pública em 1887. Ainda em 1887, como proprietário da fazenda “Jaguary”, concedeu a alforria incondicional a todos os seus 96 escravos, sendo o primeiro proprietário no município a libertá-los. Foi, também, diretor da Companhia Industrial de Jacareí e Provedor da Santa Casa de Misericórdia nos períodos de 1876 a 1878, 1883 a 1884 e 1887 a 1902, para a qual deixou em testamento dez ações da Companhia de Luz Elétrica Jacareiense, no valor de cem mil réis cada uma. O título de 2.º barão de Santa Branca lhe foi concedido pela Princesa Imperial Regente, Dona Isabel, em 20 de fevereiro de 1888.