A população agora pode contar com dois números de WhatsApp, para informações sobre os trabalhos da Diretoria de Proteção Animal da Secretaria de Meio Ambiente. Os números são (12) 99117-7580 e (12) 99156-5949. Com relação a denúncias, toda a demanda pode ser feita pelo telefone do AtendeBem 0800-163010, para levantamento de dados estatísticos. Já o recolhimento em vias públicas é feito no momento somente para animais de grande porte (equinos, muares etc.).
A Diretoria de Proteção Animal informa ainda que está atendendo a partir de agora nas dependências da ETEC Cônego José Bento – Escola Agrícola de Jacareí (Av. Nove de Julho, 745, telefone 3955-9000 ramal 9448). Todos os serviços estão concentrados neste novo espaço.
A Diretoria de Proteção Animal tem diversas atribuições relacionadas a fauna doméstica como: Campanhas nas escolas e mutirões voltados para a tutela responsável, Identificação (microchipagem), Controle populacional de animais domésticos (castração), Recolhimento de animais em vias públicas e Recolhimento de animais silvestres, que são encaminhados para tratamento e reabilitação.
A Diretoria de Proteção Animal vem atuando em conjunto com as ONGs da cidade: APA, BICHO FELIZ, CAOTINHO DA CECI, GAAJ e PATAS DA AMIZADE, além dos protetores independentes no desenvolvimento de campanhas educativas para o bem-estar animal e de adoção de animais resgatados, com o objetivo de conscientizar a população sobre maus tratos e abandono, buscando uma vida mais justa e digna para os animais do município.
A diretora de Proteção Animal, Joelma Prilips, explica que o bem-estar animal é a satisfação completa das necessidades físicas e mentais dos bichos, e tem como objetivo garantir que as necessidades básicas sejam cumpridas. “Isto porque os animais vivem sob o domínio do ser humano, onde as condições poderão ou não serem adequadas à sua espécie”.
“Logo, o bem-estar animal engloba que os animais são considerados seres sencientes (capazes de sofrimento e sentimentos) às suas necessidades biológicas e fisiológicas, e aos comportamentos expressados na sua vida natural”, explica Joelma.
Cinco Liberdades – A diretora explica que foi necessário criar uma forma de classificação do bem-estar animal, porque antes não existia uma maneira quantitativa. “Desta forma, tornava-se difícil identificar animais que não vivessem em condições boas”.
Joelma conta que, na década de 60, o bem-estar animal tornou-se um tópico de discussão. Em 1965 foi criado um relatório pelo governo do Reino Unido sobre bem-estar animal e cinco liberdades: Nutricional, Sanitária, Ambiental, Comportamental e Psicológica.
“Nessa data, um professor chamado Roger Brambell investigou o bem-estar de animais de produção e expressou estas necessidades mínimas como cinco liberdades. O relatório foi formalizado em 1979 pelo Farm Animal Welfare Council em forma de lista.
As cinco liberdades são: A liberdade nutricional compreende a qualidade, quantidade e disponibilidade de água ou alimento (livre de fome e sede). A liberdade sanitária compreende a ausência de patologias que ponham em causa a saúde do animal (livre de dor, lesões ou doenças). A liberdade ambiental é a adequação do espaço à necessidade da espécie (livre de desconforto). A liberdade comportamental é a liberdade para expressão de comportamentos naturais da espécie (livre para expressão de comportamentos naturais). A liberdade psicológica engloba as anteriores e expande a classificação anterior, incluindo outros estados mentais negativos como o tédio (livre de medo ou stress).
Desde então, estas cinco regras do bem-estar animal foram utilizadas para classificar as espécies não comerciais, como cão e gato. “Para que o animal tenha esse bem-estar, as cinco leis devem ser cumpridas e tornou-se mais fácil identificar quando algo falha”, informou Joelma.