Em tempos de estiagem, não caem as frequentes chuvas com riscos de alagamentos e deslizamentos, mas o alerta da Defesa Civil de Jacareí continua. A preocupação nesta época de inverno e tempo seco são as queimadas. “Infelizmente essas ocorrências são frequentes”, lamenta o gerente, José Donizete Martins de Toledo.
“Às vezes o proprietário põe fogo para limpar a área e as chamas acabam se alastrando. É importante que as pessoas tenham consciência de que atear fogo é crime ambiental, além de causar poluição, pode provocar mortes e incêndios de grandes proporções”, ressalta Toledo.
Ele lembra que em agosto do ano passado houve um grave acidente na rodovia Carvalho Pinto que envolveu 36 veículos. Conforme o relato de motoristas, havia muita fumaça provocada por queimadas às margens da rodovia. “Atuamos no socorro às vítimas em apoio ao Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Estado de São Paulo”, diz.
Outro trabalho contínuo da Defesa Civil é o monitoramento das 16 áreas de risco, avaliadas pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). “É um trabalho que não para. Estamos 24 horas em atenção”, reforça o agente Sérgio Gomes de Souza, que trabalha há 18 anos na Defesa Civil de Jacareí.
A Defesa Civil também avalia diariamente pedidos de vistoria em construções, tanto públicas quanto privadas, como rachaduras e riscos de desabamento. As solicitações são feitas pelo telefone 199 da Defesa Civil ou pelo AtendeBem, que funciona no Paço Municipal.
Primeira do Vale – Este mês, a Defesa Civil de Jacareí completa 41 anos de atividade na região. Criada em 20 de julho de 1977, a unidade é uma das mais antigas do Estado de São Paulo e a primeira do Vale do Paraíba. De acordo com o gerente Toledo, a Defesa Civil atua principalmente na prevenção e envolve a ação de outros órgãos públicos como Corpo de Bombeiros e secretarias municipais. “Quando fazemos um monitoramento e identificamos algum risco já acionamos o órgão competente. E temos também uma comissão formada por três engenheiros da prefeitura que nos auxiliam nas avaliações de áreas e prédios vistoriados”, explica.
“E a própria população é uma importante aliada, que pode ajudar em ações simples, mas de grande efeito, como por exemplo, não atear fogo em lixo ou no mato, não acumular lixos nas calçadas e ruas, que com a chuva entopem bueiros, causando alagamentos”, reforça o agente Carlos Torres, que trabalha há 12 anos na Defesa Civil.
(Rosana Antunes/PMJ – Foto: Cristina Reis/PMJ)