O artista plástico jacareiense Magela Borbagatto está em Portugal para uma palestra sobre arte sacra e popular, com o tema “Influência de Estremoz na Arte Religiosa Paulista do Séc. XIX no Brasil”.
Segundo Magela, o tema é acerca da pesquisa que deve publicar sobre as “paulistinhas” (imagens sacras que existiram no interior do Estado de São Paulo entre os séculos 17 e 20), cuja provável origem de estilo foi na cidade portuguesa Estremoz.
“Acredita-se que uma pessoa deste lugar tenha levado a arte de fazer santos de barro ao Brasil, no final do século 18. Tal pessoa pode ter sido apenas um imigrante ou ainda um religioso franciscano ou beneditino que daqui tenha partido rumo ao Brasil. O fato é que as imagens antigas que eles têm aqui, são muito parecidas com as nossas paulistinhas”, comenta.
Magela recebeu em 2013 o prêmio de Mestre da Cultura Popular Brasileira – “Prêmio Culturas Populares – Edição 100 anos de Mazzaropi”, concedido pelo Ministério da Cultura como reconhecimento pela contribuição à cultura do País.
Magela Borbagatto é natural de Jacareí. O interesse pelas artes plásticas começou logo aos 12 anos, quando participou de uma mostra de artesanato popular em Santa Branca. “A partir deste primeiro contato fui me interessando pelo assunto e o lazer se tornou profissão”, diz o artista.
Autodidata, nesses 30 anos dedicados à cultura popular, Borbagatto especializou-se em cerâmica figurativa em figuras de barro, com destaque para as paulistinhas.
Trabalhou em projetos socioeducativos e socioculturais, deu palestras sobre a arte popular brasileira na Universidade Católica de Valparaíso – Chile, participou, e foi premiado em vários salões de Presépios dos estados de São Paulo e Paraná, tendo também participado na exposição de “Presépios do mundo todo”, em Paris – França.
(Rosana Antunes/PMJ)